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Espaço de opinião com as notícias mais relevantes do Real Madrid Club de Fútbol
Até que acredito que haja quem olhe para o actual Real Madrid CF e retire a conclusão de que está tudo mal quando comparado com o Real Madrid CF da época transacta. Pessoalmente discordo inteiramente de tal forma de ver a coisa. Tenho para mim que esta forma de pensar é algo “resultadista” e tal acaba, de sobremaneira, por induzir muita gente em erro.
Quando vejo um jogo deste Real Madrid CF que é apontado como um mau exemplo de gestão desportiva vejo, muitas vezes, o Real Madrid CF da época transacta. Especialmente na sua vertente defensiva. É verdade que na época transacta Ramos e Pepe faziam uma dupla de centrais quase inabalável, mas quando esta dupla falhava - por norma - a equipa «blanca» sofria golo. O que mudou para os dias de hoje com a saída de Pepe? Pouco. Se a dupla Varane/ Ramos falha, a equipa «blanca» sofre golo.
O real cerne da questão que muita gente opta por não mencionar reside não na qualidade (da falta dela) do actual plantel do Real Madrid CF, mas sim na forma como o seu treinador geriu algumas ausências devido a lesões prolongadas. Por exemplo; exigir à dupla Varane/Nacho que tenha o mesmo tipo de movimentações que a dupla Varane/Ramos foi, em muitas partidas, a “morte do artista” para o técnico francês.
Não estou com isto a dizer que Nacho (e até mesmo Jesús Vallejo) não tem qualidade suficiente para jogar no Real Madrid. Pelo contrário. Nacho é o caminho que a «casa blanca» deve seguir para poder assegurar o seu futuro a médio e longo prazo. Contudo os jogadores são seres humanos que têm de ir aprendendo com os seus erros. O problema é que no universo «madridista» é deveras complicado aprender-se com os erros pois a dita «afición» (e alguma imprensa) só “vive” para o resultado. E é aqui que reside o erro de Zidane…
O excelente arranque da temporada foi praticamente aniquilado por uma “chuva” de lesões que afastaram muitas das pedras nucleares do Real Madrid CF. Tal “obrigou” Zidane a ter de apostar em muitas das apostas mais jovens do seu actual plantel. Algumas caíram no gosto da «afición» (como é o caso de Marco Asensio, por exemplo), mas outras foram de imediato condenadas ao fracasso como foi o caso de Dani Ceballos (por exemplo).
Na minha prespectiva, e face ao exposto até aqui, Zinédine Zidane cometeu um erro grave que acabou por custar a conquista do título de campeão de Espanha e a Copa del Rey. Se «Zizou» não se tivesse deixado levar pelas constantes exigências da «afición» e tivesse optado por apoiar quem mais dele precisou nos momentos de crise, de certeza que por esta altura não estria em mãos com uma crise de opções que a baixa moral de alguns dos seus jogadores chave acaba por promover (mesmo que indirectamente).
Mas atenção, não estou com tal a desejar o despedimento do técnico aconteça o que acontecer no final da presente época, Estou antes a defender aquele que, a meu ver, deve ser o futuro do Real Madrid CF. Isto porque, repito, uma “manta de retalhos bordada a ouro, não deixa, nunca, de ser uma manta de retalhos”. Apostar na “prata da casa” – também - é importante.
imagem retirada de zerozero
Já aqui o tinha dito e hoje deu para verificar, mais uma vez, que quando Zidane não inventa e aposta no melhor onze e esquema do Real Madrid CF as coisas correm bem. Desta vez do outro lado da barricada não estava um frágil e acessível Deportivo. Estava antes um Valência que tem estado a fazer uma época muito boa. Para mais o jogo decorreu no Estádio de Mestalla, o que torna esta goleada merengue de 4 bolas a 1 muito meritória
Não há mesmo volta a dar. Se o Real Madrid quiser “escalar” na classificação de La Liga para, pelo menos tentar, alcançar o segundo lugar Zidane terá de colocar em campo a BBC e no meio campo apostar na “tripla” Casemiro, Kroos e Modric. Isto da revolução no onze inicial não funciona. Especialmente quando a moral está em baixo e se tem toda uma Comunicação Social a exigir o “corte de cabeças”. É somente desta forma que a equipa madridista funciona como um todo. O problema é que com tal deixa-se de lado o tão desejado rejuvenescimento do plantel «blanco», mas acredito que com as coisas a melhorar (e com as lesões a desparecer) o espaço e tempo para juventude chegará. Há é que ter paciência e não voltar a apostar no caminho que ditou a eliminação da Copa del Rey.
Mas o facto de hoje a equipa «merengue» ter vencido de forma categórica em casa de uma boa equipa - como é o caso deste Valência CF - não invalida que não se levantem algumas questões. A principal prende-se com o facto de já não ser a primeira vez que o defesa central Nacho é mal batido num lance de bola parada. A outra prende-se com a “tremideira” que tomou conta da equipa de «Zizou» após o golo da equipa da casa… Na altura o resultado ficou num perigoso 2 a 1 que só não deu mais prejuízos para a equipa da capital espanhola porque o Valência não soube aproveitar este momento de fragilidade madridista. Acredito que tudo isto se deva ao actual mau momento e enorme pressão que o Real Madrid CF vem sentindo nos últimos tempos, mas Fevereiro está já aí e o PSG não vai ser “pera doce”.
Para terminar gostaria de deixar aqui algumas palavras sobre este “bravo” Valência CF de Marcelino- è uma equipa que tem uma filosofia de jogo muito parecida com a do Atlético de Madrid de Simeone. A diferença é que o Valência procura jogar futebol. Já o Atlético é mais “pancadaria” e o resto vê-se. Marcelino apostou hoje numa equipa onde a velocidade era a palavra de ordem, mas esta sua aposta “esbarrou” de frente numa linha a defensiva madrilena que hoje esteve bem em quase todos os aspectos. Este Valência está bem melhor do que na época passada, mas parece-me que está a perder muita da força que evidenciou na primeira metade da actual temporada. Vamos a ver como vai isto acabar para a equipa «Che». Quanto aos seus jogadores, o meu destaque vai para o avançado Santi Mina, um jogador que parece ter um potencial fora do comum. A ver se o tempo confirma esta minha ideia.
MVP (Most Valuable Player): Cristiano Ronaldo. Dois golos (de Grande Penalidade) e uma vontade imensa de querer ajudar a equipa. Cristiano já não é aquele jogador que não parava nunca de se movimentar em alta velocidade até o jogo chegar ao fim, mas este continua a ser um avançado temível cujas diagonais da lateral para o meio são uma tremenda dor de cabeça para qualquer linha defensiva. A manter e, se possível, melhorar CR7.
Chave do Jogo: Apareceu somente no minuto 84´, altura em que Marcelo marcou o terceiro golo da equipa «blanca», deitando por terra toda as aspirações da equipa «Che».
Arbitragem: Estrada Fernández levou a cabo uma boa arbitragem. Tanto como os seus colegas de equipa não se deixara influenciar pela enorme pressão dos adeptos da equipa da casa que exigiam tudo e mais alguma coisa sempre que um jogador do Valêncio CF se atirava para o chão. O desempenho de Estrada Fernández poderia ser excelente se este não tivesse amarelado Raphael Varane na segunda parte por causa de um lance em que este não jogou a bola com a mão.
Positivo: O regresso da BBC. Efectivamente parece que a solução de uma grande parte dos males da equipa «merengue» passa pela utilização da BBC. E em boa hora esta apareceu dado que se avizinha o jogo que poderá decidir toda uma época.
Negativo: Golos sofridos. Equipa como o Real Madrid CF não pode sofrer tantos golos em La Liga. A equipa «blanca» é muito superior em termos de qualidade quando comparada com quase todos os participantes do campeonato espanhol.
imagem retirada de zerozero
Após o jogo diante do Leganés eu tinha aqui dito que a equipa «blanca» podia aproveitar esta complicada, mas muito saborosa, vitória para dar aquele “clic” de que precisava para voltar a ser igual a si própria. Se juntarmos a isto o facto de hoje Zidante ter – finalmente – o plantel quase na máxima força, eis que temos o famoso fenómeno da garrafa de ketchup.
No final desta fantástica goleada de 7 a 1, Casemiro disse na entrevista rápida que desta vez as bolas entraram. E eu concordo. Apenas acrescento que desta vez a equipa madridista me pareceu muito mais serena e confiante.
Para mais Zidane voltou a apostar num 4x3x3 com Gareth Bale na ponta esquerda do ataque «merengue» e Cristiano Ronaldo na ponta esquerda fazendo as suas famosas diagonais para o centro, deixando, desta forma, espaço para que Marcelo subisse no terreno. Esta é a fórmula que funciona. Bem sei que o técnico francês teve de lidar com uma série de lesões e que na UEFA Champions League o famoso 4x1x2x1x2 foi funcionando, mas o Real Madrid CF funciona em pleno quando tem os seus extremos a jogar na posição de extremos.
Contudo há que ser justo e dizer que este RC Deportivo de La Coruña é uma equipa muito - mesmo muito – “tenrinha”. Cristóbal Parralo vai ter muito trabalho pela frente se quiser manter esta equipa galega entre os maiores do futebol espanhol… Nada que me surpreenda dado que eu já tive a oportunidade de ver in loco o quão fraco é este Deportivo.
Agora não se pode entrar em excessos no Santiago Bernabéu. É normal que a imprensa vá escrever loas sobre esta vitória «blanca», mas se a equipa de «Zizou» se deixar levar “pelo canto das sereias” rapidamente voltamos àquilo que tanto massacrou o universo madridsita antes da deslocação ao terreno do CD Leganés na passada quinta-feira. Para mais o “assunto” Leganés ainda não está encerrado. Ainda há que jogar a segunda mão dos quartos-de-final da Copa del Rey na próxima semana e a vantagem é somente de um golo.
MVP (Most Valuable Player): Nacho Fernández. Serenidade. Era disto que a equipa de Zidane necessitava na sua linha defensiva. Hoje Nacho foi exactamente a personificação desta extrema necessidade. O defesa central espanhol foi o “patrão” que levou a equipa para a frente quando esta sofreu o golo inaugural da partida e ainda teve tempo para evitar um golo certo da equipa galega. O último golo que marcou, fruto de um posicionamento ímpar e de uma frieza sem par, acabou por ser uma justa recompensa.
Chave do Jogo: Apareceu no minuto 58', altura em que o internacional galês Gareth Bale marcou o terceiro golo da partida, sentenciando, desta forma, toda e qualquer possibilidade de o «Depor» poder lutar pelo resultado final. A partir desta altura a equipa da Galiza rendeu-se ao poderio ofensivo dos madrilenos.
Arbitragem: Fernández Borbalán poderia ter tido uma arbitragem exemplar se na 1.º parte tivesse expulsado Florin Andone por falta muito dura (a roçar a agressão) sobre Casemiro. Os comentadores da SportTv bem que tentaram desculpar a atitude do atleta romeno com o argumento da “intenção”, mas ainda está para vir o dia em que um jogador tenha a intenção de cometer uma falta grave de propósito. De resto nada a dizer sobre Fernández Borbalán e restante equipa de arbitragem.
Positivo: Zinédine Zidane. Regressou à fórmula vencedora que tantas vitórias lhe deu no passado e ainda bem que o fez. A ver se o técnico mantêm esta forma de estar dado que as “nuvens negras” ainda não se dissiparam por completo.
Negativo: Comentadores da SportTv. É óbvio que todos nós temos as nossas simpatias clubísticas, mas quando estamos a trabalhar temos a obrigação de ser profissionais e não maldosamente tendenciosos. Mais isenção exige-se da parte dos jornalistas de um canal que é subscrito a peso de ouro.
Cristiano Ronaldo, que comemorou a Bola de Ouro com um bis, Nacho, Kroos e Achraf selaram, com os seus tentos, o vendaval ofensivo frente ao Sevilha.
Tinha apenas decorrido meia hora de jogo quando chegou a jogada do terceiro tento. Jesús Navas cortou com a mão dentro da área uma bola de Marcelo e Cristiano encarregou-se de transformar o penálti (31'). Longe de se conformarem, os homens de Zidane continuaram a aplicar-se. Sergio Rico evitou o quarto, defendendo um remate de fora da área de Modric e um remate acrobático de Cristiano.
O guarda-redes sevilhista não pôde, no entanto, fazer nada perante uma grande arrancada desde o meio-campo de Kroos, que depois de tabelar com Lucas marcou o quarto (38'). O Real Madrid era um vendaval e antes do intervalo havia ainda tempo para outro golo. Achraf juntou-se à festa numa subida pela direita em que conseguiu o seu primeiro golo oficial pela Real Madrid (42').
Ovação para Cristiano
A diferença no marcador fez com que o ritmo baixasse no segundo tempo. O Sevilha tentou reduzir a desvantagem e, através de Nolito e Muriel, obrigou Keylor Navas a intervir. Sem o jogo avassalador do primeiro tempo, os blancos continuavam a ter ocasiões. Aos 67', Benzema rematou ao poste um cruzamento de Marcelo, na que foi a mais clara da segunda parte. Com o encontro praticamente resolvido, Zidane deu descanso a Kroos, Modric e Cristiano, que deram os seus lugares a Llorente, Ceballos e Isco. O Bernabéu pôs-se de pé para se despedir do brilhante Bola de Ouro. Llorente e Achraf podiam ter ampliado os números nos últimos instantes, mas o marcador não mais se moveria. 5-0 e o Real Madrid viaja com optimismo para Abu Dabi.